Cerca de 31 profissionais da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC) concluíram, no último mês de janeiro, a
cartilha Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, feita
sobre a associação entre o consumo de gorduras e as doenças cardiovasculares. A
base para a prevenção de doenças cardiovasculares tem sido, nas últimas
décadas, o controle rigoroso dos fatores de risco, como pressão arterial e
redução dos níveis de LDL-colesterol, mais conhecido como colesterol “ruim”.
Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas
ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos
fatores mais comuns é a dieta.
As gorduras podem ser ótimas aliadas
para quem luta contra as altas taxas de colesterol. Basta saber por quais tipos
optar. As saturadas, junto com as gorduras trans, são as mais prejudiciais à
saúde do coração. De acordo com a Diretriz, o consumo de gordura saturada e
trans está, classicamente, relacionado com a elevação do LDL-colesterol
(colesterol “ruim”) e o aumento de risco cardiovascular. Estão presentes em
alimentos de origem animal, como carnes, bacon, pele de frango, ovos, leite,
manteiga, além de óleo de coco e chocolate. Devem ser consumidas em pequenas
quantidades.
Já as gorduras Insaturadas não
favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares e podem ser divididas em:
monoinsaturadas, cujas maiores fontes são o azeite de oliva e o abacate, e
poli-insaturadas, como o Ômega-3, presente nos peixes de água fria, e o
Ômega-6, encontrado nos óleos de canola e soja. O estudo recomenda para adultos
o consumo de quantidades menores que 10% do valor energético total da dieta em
ácidos graxos saturados para a redução do LDL-colesterol (colesterol “ruim”).
Estudos também fornecem evidências de
que a substituição de gorduras saturadas e carboidratos refinados (açúcar, pão
branco, arroz branco, batata) por poli-insaturados Ômega-6, ao redor de 5% a
10% de energia consumida, reduz o risco de doença cardiovascular, sem
evidências clínicas de eventos adversos. Substituir gordura saturada da dieta
por poli-insaturados, incluindo Ômega-6, deve ser recomendado por profissionais
da saúde para otimizar a redução dos níveis plasmáticos de LDL-colesterol.Com informações da doutora Roberta
Soares Lara Cassani Membro do Núcleo de Nutrição e Saúde Cardiovascular da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Mais informações acesse www.cardiol.br
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