Já começou o período de volta às aulas
e as crianças que mudaram de colégio, em muitos casos sentem dificuldades para
lidar com a mudança, que deve ser vista como um processo de adaptação e receber
total apoio dos pais. Os fatores que motivam a mudança são os mais variados:
troca de endereço, incompatibilidade da família com a proposta da escola, não
adaptação da criança ao projeto escolar, entre outros. Mas, os pais sempre
devem expor os reais motivos da escolha de uma nova escola. No entanto, nem
sempre as justificativas convencem os pequenos.
Nesse caso, deve ficar claro que o
poder de decisão é dos pais, porque a criança não tem condições de avaliar se
uma escola é melhor, ou não. Muito diálogo, muita escuta e amparo são
importantes nesse momento. Levar a criança ao novo ambiente, deixar que ela os
veja abraçando os educadores e conversando com eles e até frequentar a escola
por alguns dias são dicas que costumam dar certo. Apesar de o sofrimento ser
imensurável e variar de acordo com a faixa etária, os jovens tendem a sofrer
mais. É nessa fase que os adolescentes formam grupos, que são fundamentais na
construção de sua identidade e autonomia. Para ajudar nesse processo de
adaptação confira algumas dicas para uma mudança menos traumática:
- Ficar ao lado (física e
emocionalmente) dos filhos diante do novo;
- Ser verdadeiro e comunicar os reais
fatores que levaram à decisão;
- Acompanhar os passos da mudança;
- Encorajar os filhos diante dos
primeiros temores;
- Conversar com os professores e
solicitar uma comunicação mais próxima;
- Perguntar sobre os desafios de cada
dia;
- Ajudar nas primeiras tarefas, que
podem parecer estranhas;
- No caso das crianças, propor um
período de adaptação;
- Incentivar novas amizades;
- Promover uma "noite do
pijama" em casa e convidar os novos amigos;
- Não negligenciar as solicitações da
escola, mas cumpri-las para a criança não ficar constrangida;
- Observar a cultura escolar e segui-la
para a criança não se sentir deslocada;
- Ficar sempre alerta: se os sinais de
sofrimento não diminuírem, procurar ajuda junto à escola.
Com informações de Francisca Paris,
pedagoga, mestra em Educação e diretora de serviços educacionais do Ético
Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.
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