A ansiedade é uma reação normal diante de
situações que podem provocar medo, dúvida, ou expectativa. Ela pode estimular a
pessoa a entrar em ação e prepará-la para enfrentar o desafio. Entretanto, em
excesso, faz exatamente o contrário e impede reações funcionais. Quando o nível
de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos provocadores do transtorno,
esse quadro acarreta muito sofrimento e tende a interferir na qualidade de
vida, no desempenho familiar, social e profissional. O transtorno de ansiedade
é um mal da sociedade contemporânea.
Segundo o manual de classificação de doenças
mentais (DSM IV), o transtorno da ansiedade generalizada (TAG) é um distúrbio
caracterizado pela “preocupação excessiva, ou expectativa apreensiva”,
persistente e difícil de ser controlada, que perdura por pelo menos seis meses
e vem acompanhado por três, ou mais dos seguintes sintomas: irritabilidade,
dificuldade de concentração, tensão muscular, perturbação do sono, inquietação
e cansaço.
Hoje, estudos científicos apontam a eficácia
da meditação no tratamento de transtornos de ansiedade. Essa prática consta de
exercícios de atenção dirigida ao momento atual e sem julgamento. A meditação
busca trazer o praticante para o tempo presente. A atenção é dirigida para “o aqui e o agora”.
É importante que a respiração e a postura sejam, cuidadosamente, notadas
durante a prática. Já os pensamentos que invadem a mente não devem ser
combatidos, tampouco alimentados e sim, observados sem juízo de valor. Os praticantes costumam desenvolver uma postura
mais centrada e observadora. Saber observar auxilia a pessoa a se manter o
maior tempo possível, vivenciando o presente momento de forma equilibrada.
Pesquisas mostram que pessoas que meditam com
constância têm uma diminuição na produção de adrenalina e de cortisol,
hormônios associados à ansiedade e ao estresse. Além disso, a prática libera
endorfina e serotonina (neurotransmissores que contribuem com a sensação de bem
estar) e reduz os batimentos cardíacos por minuto, propiciando um estado de
relaxamento. A meditação pode resultar em mudanças benéficas e duradouras na
função cerebral, especialmente nas áreas que regulam as emoções.
Débora Paro Guimarães SilvaCRP 06/85005
Psicóloga Clínica / Neuropsicóloga/ Coach
/Especialista em Dependência Química e-mail: deborapgs@uol.com.br
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