segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Meditação para o tratamento do Transtorno de Ansiedade

A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida, ou expectativa. Ela pode estimular a pessoa a entrar em ação e prepará-la para enfrentar o desafio. Entretanto, em excesso, faz exatamente o contrário e impede reações funcionais. Quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos provocadores do transtorno, esse quadro acarreta muito sofrimento e tende a interferir na qualidade de vida, no desempenho familiar, social e profissional. O transtorno de ansiedade é um mal da sociedade contemporânea. 

Segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM IV), o transtorno da ansiedade generalizada (TAG) é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva, ou expectativa apreensiva”, persistente e difícil de ser controlada, que perdura por pelo menos seis meses e vem acompanhado por três, ou mais dos seguintes sintomas: irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, perturbação do sono, inquietação e cansaço.

Hoje, estudos científicos apontam a eficácia da meditação no tratamento de transtornos de ansiedade. Essa prática consta de exercícios de atenção dirigida ao momento atual e sem julgamento. A meditação busca trazer o praticante para o tempo presente.  A atenção é dirigida para “o aqui e o agora”. É importante que a respiração e a postura sejam, cuidadosamente, notadas durante a prática. Já os pensamentos que invadem a mente não devem ser combatidos, tampouco alimentados e sim, observados sem juízo de valor.  Os praticantes costumam desenvolver uma postura mais centrada e observadora. Saber observar auxilia a pessoa a se manter o maior tempo possível, vivenciando o presente momento de forma equilibrada.

Pesquisas mostram que pessoas que meditam com constância têm uma diminuição na produção de adrenalina e de cortisol, hormônios associados à ansiedade e ao estresse. Além disso, a prática libera endorfina e serotonina (neurotransmissores que contribuem com a sensação de bem estar) e reduz os batimentos cardíacos por minuto, propiciando um estado de relaxamento. A meditação pode resultar em mudanças benéficas e duradouras na função cerebral, especialmente nas áreas que regulam as emoções.

Débora Paro Guimarães SilvaCRP 06/85005

Psicóloga Clínica / Neuropsicóloga/ Coach /Especialista em Dependência Química     e-mail: deborapgs@uol.com.br

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