É cediço que as redes sociais funcionam como
vitrines, expondo qualquer um, a qualquer um do mundo. Diante desta realidade,
várias empresas buscam conhecer a vida do pretendente a um cargo, do
funcionário, ou até mesmo daquele que está prestes a receber uma promoção,
monitorando tudo o que é inserido nestas redes sociais. Tais questões ganham
importância quando são realizadas sem qualquer critério, ficando à mercê, unicamente,
do fator humano, que muitas vezes deixam de lado profissionais, altamente,
qualificados.
Os gestores têm a responsabilidade deste monitoramento, que não é
ilegal, mas, sempre com vistas a evitar problemas para suas empresas, nunca
interferindo na vida privada de seus colaboradores. Isto porque, existem
pesquisas que comprovam a postagem de informações sigilosas, e casos em que
clientes acabam discutindo com funcionários por meio do uso da rede social. O
estabelecimento de critérios pode salvaguardar as empresas de sofrerem ação
judicial por discriminação, ou pela prática de assédio moral, além de permitir
que pessoas talentosas continuem a fazer parte do quadro de funcionários, o
que, em um mercado cada vez mais competitivo, certamente, trará benefícios. De
qualquer maneira, a transparência no monitoramento deve ser do conhecimento de
todos os envolvidos, obtendo destes a declaração de que estão cientes desta
prática.Reinaldo Garcia do Nascimento – advogado
trabalhista – Consultor de Relações Sindicais – membro do escritório GUIRÃO
ADVOGADOS – facebook.com/Guiraoadvogados – e-mail: r.garcia@guirao.com.br
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