No Brasil,
em pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono, 53,9% dos indivíduos
queixam-se de insônia e, aproximadamente, 43% continuam cansados durante o dia.
Com isso, a qualidade de vida é, diretamente, afetada.As causas
são variadas, de fatores ambientais até genéticos. Em geral, a prevenção é a
manutenção de rotina saudável e evitar situações que atrapalham o sono como,
por exemplo, café em excesso, refeições noturnas pesadas e álcool.
A apneia é o
resultado da maior resistência nas vias aéreas, dificulta a passagem de ar
durante o sono. Dados do Instituto do Sono da UNIFESP mostram que cerca de 40
milhões de pessoas sofrem com apneia, no Brasil. Seus principais sintomas são
ronco e sonolência excessiva diurna, mas pacientes que roncam não apresentam,
necessariamente, apneia do sono. Se o ato de roncar é habitual e acompanha
grande sonolência diurna, a investigação é necessária. Fatores genéticos podem
desencadear o problema, assim como obesidade e, no caso das mulheres, a
pós-menopausa. Seu tratamento pode ser feito por meio do aparelho de pressão
positiva contínua, na via aérea (CPAP), em boa parte dos casos.
A insônia
caracteriza-se pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono. Os principais
agentes que propiciam a insônia são fatores psicológicos e psiquiátricos, como
depressão, ansiedade e estresse. Durante o dia, alterações no humor, na
capacidade de atenção e memória, irritabilidade e excesso de sono são sinais de
noite mal dormida. Após, aproximadamente, um mês com o problema é indicado
procurar um especialista, pois é possível que o distúrbio esteja crônico.
Segundo
dados da ABN, 7% dos brasileiros apresentam a Síndrome das Pernas Inquietas
(SPI) que provoca formigamento e necessidade de mover as pernas, em momentos de
repouso, ou próximo da hora de dormir. Para diagnosticar a SPI e diferenciá-la
de outros problemas motores, é necessário observar a falta de queixas, durante
o dia e não há nenhuma anormalidade nas funções motoras. O tratamento mais
indicado é o alongamento e a prática de exercícios leves. Em quadros mais
intensos, o neurologista prescreve medicamentos.Com
informações da Dra. Rosana Souza Cardoso Alves, coordenadora do Departamento
Científico de Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Nenhum comentário:
Postar um comentário