quinta-feira, 12 de março de 2015

Como vencer a falta de sono

No Brasil, em pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono, 53,9% dos indivíduos queixam-se de insônia e, aproximadamente, 43% continuam cansados durante o dia. Com isso, a qualidade de vida é, diretamente, afetada.As causas são variadas, de fatores ambientais até genéticos. Em geral, a prevenção é a manutenção de rotina saudável e evitar situações que atrapalham o sono como, por exemplo, café em excesso, refeições noturnas pesadas e álcool.

A apneia é o resultado da maior resistência nas vias aéreas, dificulta a passagem de ar durante o sono. Dados do Instituto do Sono da UNIFESP mostram que cerca de 40 milhões de pessoas sofrem com apneia, no Brasil. Seus principais sintomas são ronco e sonolência excessiva diurna, mas pacientes que roncam não apresentam, necessariamente, apneia do sono. Se o ato de roncar é habitual e acompanha grande sonolência diurna, a investigação é necessária. Fatores genéticos podem desencadear o problema, assim como obesidade e, no caso das mulheres, a pós-menopausa. Seu tratamento pode ser feito por meio do aparelho de pressão positiva contínua, na via aérea (CPAP), em boa parte dos casos.

A insônia caracteriza-se pela dificuldade em iniciar e/ou manter o sono. Os principais agentes que propiciam a insônia são fatores psicológicos e psiquiátricos, como depressão, ansiedade e estresse. Durante o dia, alterações no humor, na capacidade de atenção e memória, irritabilidade e excesso de sono são sinais de noite mal dormida. Após, aproximadamente, um mês com o problema é indicado procurar um especialista, pois é possível que o distúrbio esteja crônico.

Segundo dados da ABN, 7% dos brasileiros apresentam a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) que provoca formigamento e necessidade de mover as pernas, em momentos de repouso, ou próximo da hora de dormir. Para diagnosticar a SPI e diferenciá-la de outros problemas motores, é necessário observar a falta de queixas, durante o dia e não há nenhuma anormalidade nas funções motoras. O tratamento mais indicado é o alongamento e a prática de exercícios leves. Em quadros mais intensos, o neurologista prescreve medicamentos.Com informações da Dra. Rosana Souza Cardoso Alves, coordenadora do Departamento Científico de Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Nenhum comentário:

Postar um comentário