Muitas vezes pensamos no diálogo como uma
conversa verbal. Sim, realmente é, mas junto a ele estão os gestos, olhares,
ações, o que faz toda a diferença. Por isso que, para dialogarmos com o outro,
filhos ou pais, precisamos estar bem atentos ao que somos, ao que estamos
querendo comunicar e para quem. Pais tendem a tratar todos os filhos da mesma
maneira e esquecem que cada um é único e tem um perfil próprio, ou seja, cada
um vai responder de um jeito. O segredo para que o diálogo se torne construtivo
é entender como cada pessoa funciona. Algumas pessoas dão mais valor ao que
visualizam, portanto, comunicar-se através de uma carta, nesse caso, será
funcional. O diálogo entre pessoas mais sentimentais podem funcionar melhor com
um gesto amoroso, um abraço, uma conversa carinhosa.
Outro detalhe importante é
cuidar para que os diálogos não se tornem sempre ensinamentos, ou seja, pai e
mãe querendo ensinar o tempo todo. Quando isso acontece, o diálogo vai deixando
de ser construtivo, e os filhos tendem a se afastar. O silêncio também faz
parte do diálogo, pois quando nos silenciamos e permanecemos ouvintes, estamos
dando espaço para que o outro se coloque. Isso é respeito, é como dizer ao
outro: você existe e eu confirmo sua existência. O diálogo entre pais e filhos
favorece a assertividade, a tolerância às frustrações, respeito às diferenças,
habilidade dialética. Experimente!
Luciana Gonçalves
Psicóloga: luciana@lucianagoncalves.com.br
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