Depois de tentativas
malsucedidas para engravidar, a orientação de um médico especialista no assunto
poderá ajudar o casal a concretizar esse desejo. Mas, antes vale dizer que a
origem das dificuldades distribui-se, igualmente, entre homens e mulheres - cada
um contribuindo com 40%. Os outros 20% são atribuídos a fatores externos, ou de
incompatibilidade. Sendo assim, a postura ideal diante desse tipo de
dificuldade é reconhecer que não se trata de um problema, exclusivamente,
feminino e fazer os exames necessários por parte do homem.
A primeira medida tomada
pelo médico é levantar o histórico de saúde do paciente, levando em conta
informações sobre doenças que já teve ou tem, incluindo as sexualmente
transmissíveis, cirurgias por que passou, medicamentos de que faz uso, se é
fumante, ou tem outros vícios, se tem uma vida sedentária, ou atlética, seus
hábitos sexuais, entre outras.
Paralelamente ao exame
clínico, o paciente será submetido a um exame para analisar os espermatozoides.
Mesmo nos homens considerados férteis, até 50% da população de espermatozoides
do ejaculado pode apresentar alterações de motilidade e até 96% na morfologia,
entre outras variáveis analisadas. O espermograma, também, é bastante útil para
fornecer informações sobre o estado das glândulas acessórias, como próstata e
vesículas seminais.
Além da minuciosa análise
seminal, outros testes podem contribuir para o tratamento da infertilidade, que
às vezes é cirúrgico, e até mesmo para definir a técnica mais apropriada de
reprodução assistida. É o caso da avaliação hormonal e da avaliação genética.
Os três fatores genéticos, mais frequentemente, relacionados à infertilidade
masculina são: aberrações cromossômicas, mutações gênicas e micro deleções do
cromossomo Y - sendo que, na população de homens inférteis, a incidência de
alterações cromossômicas é de 7%, em média.
Antes de iniciar o
tratamento de infertilidade masculina, é importante assegurar que a parceira
esteja com seu potencial reprodutivo adequado. Os tratamentos mais selecionados
são a reversão da vasectomia e o tratamento da varicocele, que consiste na
dilatação anormal das veias testiculares e que acaba comprometendo a qualidade
do sêmen. Em até 38% dos casos, varicocele é o problema de origem da
infertilidade, podendo ser revertido. Mas também, são passíveis de correção
problemas como disfunção erétil, fimoses muito graves, ejaculação retrógrada,
abuso de álcool, entre outras. Com informações do Dr.
Edson Borges Junior, médico urologista, especialista em Medicina Reprodutiva,
diretor do Grupo Fertility e presidente do Instituto Sapientiae -
www.fertility.com.br
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